quinta-feira, 31 de março de 2011

As doenças do início do século XX que espalhavam pelo Rio de Janeiro


 Como prometi a vocês, um post sobre as doenças que o governo federal conferiu a Oswaldo Cruz combater no início do século XX.

Febre Amarela

     A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, causada pelo vírus da febre amarela (vírus amarílico), conhecido cientificamente como um Arbovírus, do gênero Flavivirus, doença de curta duração (máximo 10 dias), com gravidade extremamente variável, abrangendo desde casos assintomáticos até casos fatais, ocorre de forma endêmica na América do Sul e na África.


     Existem, entre nós, dois tipos diferentes de transmissão da febre amarela: a urbana e a silvestre, um terceiro tipo intermediário é responsável por surtos na África. A principal diferença é que nas cidades, o transmissor da doença é o mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue. Nas matas, a febre amarela ocorre em macacos e os principais transmissores são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que picam preferencialmente esses primatas.

      Esses mosquitos vivem nas vegetações à beira dos rios. Picam o macaco doente e depois, o homem. “É importante ressaltar que a febre amarela silvestre só ocorre em humanos ocasionalmente. Os macacos são os principais hospedeiros”. “Os mosquitos transmissores só picam homens que invadem o habitat dos macacos”.

     O último caso de febre amarela urbana registrada no Brasil foi em 1942, no Acre. Entretanto, a forma silvestre da doença provoca surtos localizados anualmente. A maior incidência da doença acontece nos meses de janeiro a abril, nessa época, há um aumento da quantidade do mosquito transmissor e deslocamento de mais pessoas às áreas de risco.

VARÍOLA

Mais que a peste negra, tuberculose ou mesmo a AIDS, a varíola afetou a humanidade de forma significativa, por mais de 10000 anos. Múmias, como a de Ramsés V, que data o período de 1157 a.C, apresentam sinais típicos da varíola - esta que é tida como a principal causa de mortes em nosso país, desde o seu descobrimento.

Desconhecidos até pouco tempo atrás, pouco se sabia quanto à transmissão de doenças causadas por vírus. No caso da varíola, esta se dá pelo contato com pessoas doentes ou objetos que entraram em contato com a saliva ou secreções destes indivíduos.

Penetrando no corpo, o patógeno se espalha pela corrente sanguínea e se instala, principalmente, na região cutânea, provocando febre alta, mal estar, dores no corpo e problemas gástricos. Logo depois destas manifestações surgem, em todo o corpo, numerosas protuberâncias cheias de pus, que dificilmente cessam sem deixar cicatrizes, e conferem coceira intensa e dor.

O risco de cegueira pelo acometimento da córnea, e morte por broncopneumonia ou doenças oportunistas, já que tais manifestações comprometem o sistema imunitário, são riscos que o indivíduo infectado está sujeito.

Causada pelo Orthopoxvirus variolae, é considerada, pela Organização Mundial de Saúde, erradicada desde o fim da década de setenta, graças à vacinação. Quanto a isso, é atribuída a Edward Jenner a descoberta de que o contato prévio com o vírus - ou partículas deste – era capaz de proteger as pessoas contra ele. Nasciam, então, os primeiros princípios da vacina, esta capaz de nos proteger até hoje contra outras moléstias, como poliomielite e rubéola.

PESTE BULBÔNICA 
(OU PESTE NEGRA)
A peste bubônica também é conhecida como peste negra. Tal denominação surgiu graças a um dos momentos mais aterrorizantes da história da humanidade protagonizado pela doença: durante o século 14, ela dizimou um quarto da população total da Europa (cerca de 25 milhões de pessoas)

A peste é causada pela bactéria Yersinia pestis e apesar de ser comum entre roedores, como ratos e esquilos, pode ser transmitida por suas pulgas (Xenopsylla cheopis) para o homem. Isso só acontece quando há uma epizootia, ou seja, um grande número de animais contaminados. Deste modo, o excesso de bactérias pode entupir o tubo digestivo da pulga, o que causa problemas em sua alimentação. Esfomeada, a pulga busca novas fontes de alimento (como cães, gatos e humanos). Após o esforço da picada, ela relaxa seu tubo digestivo e libera as bactérias na corrente sangüínea de seus hospedeiros.
A doença leva de dois a cinco dias para se estabelecer. Depois surgem seus primeiros sintomas, caracterizados por inflamação dos gânglios linfáticos e uma leve tremedeira. Segue-se então, dor de cabeça, sonolência, intolerância à luz, apatia, vertigem, dores nos membros e nas costas, febre de 40oC e delírios. O quadro pode se tornar mais grave com o surgimento da diarréia e pode matar em 60% dos casos não tratados.
Atualmente o quadro de letalidade é mínimo devido à administração de antibióticos, como a tetraciclina e a estreptomicina. Também existem vacinas específicas que podem assegurar a imunidade quando aplicadas repetidas vezes. No entanto, a maneira mais eficaz de combate à doença continua a ser a prevenção com o extermínio dos ratos urbanos e de suas pulgas 


terça-feira, 22 de março de 2011

A POPULAÇÃO BRASILEIRA

Meus querido, postei esse vídeo do youtube, pois achei que vai ajudar a vocês a entenderem melhor os aspectos gerais da população brasileira. Comentaremos em sala.
Abraços.....